Autismo: o que é e como trabalhar a inclusão nas escolas
O Autismo é um desafio que precisa ser encarado pelas escolas e educadores. Saiba como!
Apesar de o autismo ter sido mencionado pela primeira vez em 1911, ainda hoje mães e pais enfrentam problemas de aceitação de um aluno com autismo nas escolas. Muitos professores e colaboradores da instituição de ensino não estão preparados para encarar o desafio de ter um aluno com necessidades diferentes na sala de aula.
Mas é claro que esse é um desafio que precisa ser encarado da melhor maneira possível, e hoje existem cada vez mais “armas” para lidar com a situação. As escolas precisam estar preparadas para ter um aluno autista e assim trabalhar esse processo de inclusão que é tão necessário.
O acesso desses alunos à escola é apenas uma das barreiras que os pais podem enfrentar. Existem outras que podem ser trabalhadas para que o ensino regular seja para todos sem distinção. Confira como isso pode ser colocado em prática!
Tudo começa pela capacitação da equipe
O primeiro passo para qualquer escola é capacitar os seus colaboradores para que eles saibam como lidar com um aluno autista.
A escola da atualidade não é feita para todos, e isso não diz respeito apenas à criança autista. Mesmo as crianças que não tenham nenhum diagnóstico podem ser prejudicadas pelo modelo de ensino generalista, pois cada um aprende de uma maneira diferente.
Muitas instituições acrescentam aulas de reforço e cuidadores para os autistas, mas isso só reforça o sentimento de exclusão dessas crianças. A adaptação da escola deve acontecer, mas de outra maneira.
Quando um outro professor, especializado no assunto, acompanha esse aluno longe de outras crianças, interfere negativamente no desenvolvimento da interação social. Portanto, o foco não é acrescentar esse profissional, mas sim fazer com que os que já fazem parte do corpo pedagógico se aprimorarem para que, a partir disso, possam criar um plano de ensino que inclua esse aluno.
Como incluir o aluno com autismo?
Diga não aos rótulos
É interessante que, antes de a equipe saber que a criança tem autismo, ela possa conhecer o aluno pelo que ele é e não criar um rótulo de autismo. Isso limita a percepção do outro sobre a criança, criando um distanciamento com os outros colegas e dificultando assim o aprendizado em sala de aula.
É claro que alguns comportamentos serão vistos como diferentes da maioria, mas isso não é nada que os professores não possam adaptar. Tentar entender como o aprendizado funciona para cada criança é fundamental, independente de ela ter ou não um diagnóstico sobre alguma patologia.
Tenha uma linguagem objetiva e direta
Crianças com autismo não conseguem compreender expressões em sentido figurado, piadas, ironias e coisas do tipo. Portanto, o melhor a fazer é utilizar expressões que ofereçam o sentido direto da palavra. É importante que os professores tenham esse conhecimento para não promover um mal entendido ou confusão na cabeça do aluno.
Descubra quais são as habilidades desses alunos
É importante que o professor consiga identificar de que maneira o aluno aprende. A partir disso, ele pode descobrir como lidar melhor com ele e tirar maior proveito disso. Por exemplo, pode ser que ele compreenda melhor o assunto com imagens, e trabalhar isso pode ser muito mais interessante.
Existem casos de alunos com autismo que, em vez de apenas anotarem o que o professor fala em sala de aula, como a maioria dos alunos que não possuem a doença, fazem um tipo de fluxograma. São materiais interessantes que podem refletir a maneira com a qual o cérebro dessa criança aprende.
Use jogos
Essa é outra maneira bem interessante de incluir o aluno autista nas atividades da escola de uma forma geral.
O jogo escolhido deve estar de acordo com as características do aluno. Por exemplo, alguns autista são muito sensíveis a sons e cores e, portanto, esses brinquedos devem ser evitados. É muito importante também que a atividade seja feita em um curto espaço de tempo, ou esse aluno logo deixará de prestar atenção.
Há outras formas de ajudar o aluno com autismo na escola. De uma maneira geral, é importante evitar atividades longas e também ajudar o aluno com possíveis mudanças na rotina, como horário de aula ou um novo professor que passará a dar aula. Crianças e adolescentes com autismo precisam de mais atenção para que todos, estudantes e alunos, possam compreendê-los melhor e lidar de forma tranquila com a situação.
Quer aprender mais sobre o assunto? Confira também a palestra sobre autismo com uma neuropsicóloga!
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