4 dicas para planejar as suas aulas alinhadas à BNCC
Elaborar uma aula de acordo com a BNCC pode ser um desafio, pelo menos no início. Entretanto, alguns passos simples poderão ajudar.
Como aplicar os eixos e conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ao realizar o planejamento das aulas? Essa vem sendo uma preocupação frequente entre os docentes, que tentam se adaptar a essa nova maneira de ensinar. Agora, é preciso ajudar o estudante a desenvolver habilidades, além de aprender o conteúdo.
Embora os ganhos na formação dos discentes sejam inegáveis, é fato que a maneira de dar aula tem que mudar, para que o desenvolvimento das habilidades seja alcançado. Inicialmente, isso pode assustar o docente, mas é importante ter calma. A BNCC não pode ser vista como uma maneira de engessar o ensino, mas sim como uma orientação de como trabalhar para formar seres pensantes e questionadores.
A mudança não é no conteúdo e sim na maneira como ele é trabalhado. Veja algumas dicas que podem ser usadas para a transmissão do conhecimento de forma diferente e de acordo com a BNCC.
Saiba mais: Planejamento escolar: o que não pode faltar?
Dicas para planejar aulas de acordo com a BNCC
As sugestões listadas podem ser usadas nas mais diferentes disciplinas, independente da fase escolar. Claro que, para isso, é só o professor fazer as adaptações necessárias. Confira e torne o planejamento de aulas de acordo com a BNCC mais simples!
Saiba mais: Manual de implementação da BNCC!
Compare o que era usado com o que propõe a BNCC
O primeiro passo, para ajudar nessa fase de adaptação, é comparar os parâmetros que eram usados anteriormente, ao que pede a BNCC. Antes, a intenção era formar pessoas prontas para o mercado de trabalho, não emocionalmente, mas em relação ao conteúdo. Assim, o foco era fornecer ao aluno a maior quantidade de informações que pudesse.
Com a chegada da BNCC, o objetivo mudou. Agora, é preciso preparar cidadãos que estejam tão instruídos quanto ao conteúdo, quanto prontos para aplicá-lo nas mais diferentes esferas. O aluno precisa aprender a usar as informações ativamente no local de trabalho e na comunidade em que vive.
Ele também deve saber raciocinar sobre o tema e questionar. Assim, as aulas passam a ter como foco formar cidadãos mais reflexivos e prontos, não apenas para suprir o mercado de trabalho de conteúdo, mas também para atuar em grupo, entender aos demais e pensar no coletivo. Ao fazer essa comparação ficará mais fácil para o docente enxergar as mudanças.
Saiba mais: Currículo Escolar: como elaborá-lo e adaptá-lo à BNCC?
Faça o cruzamento dos eixos
O planejamento da aula deve ser feito de forma complexa. Cabe ao docente montar um cronograma, de forma que faça o cruzamento dos eixos. Isso ajuda a mostrar ao discente suas habilidades e os ajudará a desenvolver um pensamento crítico.
Já quanto à periodicidade dos conteúdos, não há uma regra. Caberá ao professor avaliar a idade dos alunos e o que deverá ser ensinado. Dessa forma, poderá optar pela periodicidade bimestral ou semestral.
Saiba mais: IDEB 2019: revisão curricular e definição de prioridades alinhadas à BNCC!
Organize as aulas por habilidade
Se antes as aulas eram organizadas por conteúdo, com a BNCC, o professor deve levar em conta as habilidades. Isso possibilitará que o professor faça o cruzamento dos eixos, algo que é essencial. Afinal, eles conversam entre si.
Por isso, o docente deve encontrar atividades que consigam abranger os diferentes eixos temáticos e que ajudem o aluno a entender como cada habilidade funciona. Imagine como o aluno vai conseguir desenvolver a atividade
Para poder encontrar a melhor forma de transmitir o conteúdo de acordo com a BNCC, é interessante que o docente pense na reação dos estudantes. Elabore a atividade e imagine como os discentes reagiriam e trabalhariam nela. Assim será possível avaliar se ela será eficiente e definir as:
- competências gerais;
- competências específicas;
- habilidades trabalhadas (práticas, cognitivas e socioemocionais) que vão ser trabalhadas.
Lembre-se sempre de que a BNCC enfatiza que o importante não é decorar termos ou fórmulas, mas sim entender o conteúdo e seus desdobramentos.
Saiba mais: Gamificação no processo pedagógico!
O aluno agora é protagonista
A maioria dos professores sempre trabalharam com aulas expositivas, nas quais eram protagonistas. Entretanto, com a chegada da BNCC esse modelo tradicional já não é mais suficiente. A base quer que o discente se torne o protagonista da aula e isso deve ser levado em consideração na hora de planejá-la.
Para isso, a adoção de metodologias ativas se torna essencial. Afinal, além de deixar o papel de protagonismo para o aluno, esse tipo de ensino oferece maneiras diferentes de ensinar, que permitem que o estudante veja e entenda a aplicabilidade do conteúdo abordado.
Uma das alternativas existentes é apostar no uso de jogos cooperativos como atividade pedagógica nas escolas!
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