Família, Escola e Comunicação: a tríade para a educação de qualidade
Neste momento, a comunicação entre família e escola se faz ainda mais fundamental para o desenvolvimento dos alunos.
O ano de 2020 foi totalmente atípico para escola, família e para a comunicação entre ambas que era falha, e agora 2021 é apenas uma continuidade do que foi o ano passado, porém com um diferencial: neste ano todos estão mais fortalecidos.
Para entendermos melhor esta tríade família, escola e comunicação precisamos compreender conceitos de família e escola, bem como a importância da comunicação para ambas, assim como a sua efetivação no processo de ensino e aprendizagem.
Pode-se perceber que a confiabilidade humana segue alguns critérios e um destes é a comunicação, que neste caso, está entre a escola e a família, e aqui a escola é representada pelo gestor e toda sua equipe de apoio como os co-idealizadores de uma instituição de ensino que primem pela excelência.
Essa comunicação não poderá ter ruídos e deverá ser uma ideia comum, ou seja, partilhada com todos os envolvidos direta ou indiretamente nessa empreitada pedagógica, e é através dela que acontece a socialização.
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A importância da comunicação entre Família e Escola
Vale salientar que a comunicação é uma forma importante de interação, o que se faz de suma relevância para o homem enquanto ser social, e desta forma, é graças a ela que a sociedade evoluiu, e assim também a educação evoluirá.
Sabendo a importância da educação para o processo de socialização e interação entre o homem e seu meio, cabe agora um melhor entendimento de família, que é vista como uma instituição e tem o seu papel ímpar na formação do caráter do educando.
A educação é também um processo social, e nesse contexto esta socialização perde a força no âmbito familiar, por isso que esta pandemia teve um lado “positivo” que foi o pertencimento do filho ao leito familiar, pois antes da pandemia, muitas famílias faziam da escola um depósito de crianças, assumindo um papel com mais passividade quanto a educação de seus filhos em um estado de inércia, acomodação e estagnação, jogando toda a responsabilidade do educar para a instituição escola.
Desta forma, é elucidado que a família pode ser um grupo de pessoas consanguíneas e cúmplices de atividades e atitudes, e tem sob sua tutela a responsabilidade de educar, proteger e resguardar, ou seja, oferecer condições básicas como prover recursos para que o indivíduo em formação possa se sentir seguro e protegido de perigos internos e/ou externos, além de desenvolver vínculos afetivos e sociais, o que implica dizer que ela é responsável pelas primeiras socializações da criança.
Dito isso, é ressaltado que uma família bem estruturada, ou seja, onde impere o amor, o respeito e o diálogo, o filho torna-se mais receptivo a educação formalizada, já que a falta de estrutura familiar é vista como um fator comprometedor dos trabalhos escolares, devido à falta de compromisso com a educação formal de seus filhos e o pouco ou nenhum acompanhamento de sua vida escolar e de seu desenvolvimento.
Dando continuidade ao termo família, ela é vista com um elo para reforçar a educação, já que esta não é um elemento de exclusividade da escola, com isso, pode-se elucidar que família e escola influem nos valores correntes dos educandos e com isso, poderão conduzi-los a um protagonismo e a um devir, os quais serão seguidos de ações positivas.
Vale ressaltar que este isolamento causado pela pandemia, trouxe a ideia de pertencimento e esta ideia ocorre porque, infelizmente, a maioria dos familiares nas escolas públicas, antes do isolamento, era negligente e omissa com os compromissos escolares de seus filhos, deixando totalmente a responsabilidade em educá-los diretamente com a escola, todavia hoje, tanto família quanto escola precisam se ajudar para o bem comum que é a educação de seu(s) filhos(s).
Sabendo da comunicação, família, agora resta um melhor entendimento de escola, que trata-se de um espaço para que o contato da cultura aconteça, e isto será feito de forma sistemática, intencional e planejada, e será neste espaço institucional que poderá ter o seu desenvolvimento acelerado.
Hoje este elo família e escola encontra-se mais forte e deve contar com a comunicação e como aduzido no livro acima, é graças a ela que a sociedade evoluiu, e dito isso, apesar dos educandos estarem afastados do espaço escolar, a escola em momento algum se absteve de seu papel no educar.
Mudou-se a forma de se ensinar, onde era presencial passou a ser remoto, todavia, o professor continua fazendo o seu melhor e trabalhando ainda mais para oferecer uma educação de qualidade a seus educandos, porém, com esta pandemia a família passa novamente a ser a parceira da escola neste processo ensino-aprendizagem.
A presença da família como aliada da escola
Como visto, o isolamento trouxe a ideia de pertencimento, já que a omissão da família em relação a escola era comum antes da pandemia, porém, hoje a sua presença passa a ser essencial, e não interessa qual o tipo de família que o educando tem, se a mesma é nuclear, extensa ou composta, a escola precisará tê-la como aliada.
A escola agora fará o seu dever que é ensinar e a família o seu que é educar, pois para ensinar, precisa-se saber e para isso ela conta com profissionais especializados nas devidas áreas e disciplinas, e para educar você só precisa ser, que no caso dos pais ou responsáveis, serão os exemplos de caráter e vivenciando valores, pois é nesta educação oferecida a seus filhos que os pais revelam suas virtudes.
Com esta pandemia, muitas escolas demonstraram e aplicaram outras metodologias e/ou técnicas que contribuíram para a construção do conhecimento do educando, focando assim uma democracia cognitiva, já que a difusão do conhecimento ocorreu nos mais recentes meios de comunicação.
Com isso, a escola deixa de ser um depositário de crianças e passa a assumir um papel de educadora ao lado da família, e esta mesma escola deixa também de ser a detentora do saber, e passa a contar com a família para que ambas possam juntas, encontrar caminhos para interferir na realidade do educando de modo que o mesmo desta forma consiga efetivar seu protagonismo cognoscente.
O elo mais forte entre família e escola
Cabe ressaltar que o elo mais forte entre família e escola tem que ser a comunicação, e esta comunicação não poderá ter ruídos e a mesma deverá ser partilhada entre o binômio escola e família de forma direta ou indireta para que esta empreitada pedagógica tenha como resultado uma educação de qualidade.
É de suma importância elucidar que esta comunicação deverá ser efetiva e humanística entre as duas instituições, de modo que desenvolva no educando pensamentos que tenderão minimizar conflitos e maximizar sua inteligência emocional.
Assim sendo, que a família e a escola não percam mais esta ligação, mesmo com as aulas voltando a ser presenciais, e que em especial a família possa perceber que por mais que uma escola esteja preparada em termos de infraestrutura e de profissionais da educação, esta escola nunca suprirá a carência deixada pela família ausente, e que juntas, conseguirão oferecer melhores perspectivas a seus educandos.
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Wolmer Ricardo Tavares
Mestre em Educação e Sociedade e Docente. Entre os livros lançados estão “Escola não é depósito de crianças - a importância da família na educação dos filhos” e “Gestão Pedagógica: Gerindo escolas para a cidadania crítica”, ambos pela Wak Editora.
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