Volta às aulas: como o mundo está agindo após a Covid-19
Vários países já prepararam a volta às aulas e fizeram muitas mudanças para tentar proteger os estudantes da Covid-19.
A pandemia não acabou, mas a volta às aulas já está sendo discutida no Brasil. Enquanto uns acreditam que se o ensino não voltar à ativa agora o ano letivo poderá ser perdido e esse seria um prejuízo irreversível, outros temem pela saúde.
Essa discussão está presente em conversas de alunos, pais, professores e demais profissionais da educação e isso não acontece apenas no Brasil. O mundo todo está nesse processo de retomada e com receio do coronavírus se espalhar.
Para tentar conter a disseminação da doença, as mais diversas mudanças estão sendo feitas. Máscaras, distanciamento e um cuidado ainda maior com a higienização das escolas são pontos importantes adotados por diversos países. Conheça algumas medidas escolhidas pelo mundo na volta às aulas e como elas estão sendo aplicadas!
Maior cuidado com a limpeza na volta às aulas
Para tentar impedir que o vírus se espalhe no ambiente escolar, os países que já prepararam a volta às aulas se preocuparam muito com a limpeza. Em Portugal, por exemplo, as Forças Armadas distribuíram 17 mil litros de desinfetante para as escolas.
A França também se preocupou com a higienização do ambiente. As escolas foram instruídas a higienizarem maçanetas, interruptores e banheiros diversas vezes ao dia. Essa deverá ser uma preocupação também no Brasil, que começa a preparar o seu protocolo de volta às aulas.
Uso de máscara
O uso de máscara vem sendo obrigatório na volta às aulas pelo mundo. Na China, além das máscaras, alguns alunos precisaram usar as viseiras, para aumentar a proteção.
Já em Israel o uso de máscara foi adotado apenas para crianças a partir da 4ª série. Algo semelhante foi adotado na França, país no qual apenas os alunos com 11 anos de idade ou mais são obrigados a usar máscaras.
Por outro lado, a volta às aulas na Dinamarca, além de contar com protesto de alguns pais, que acreditavam que esse não era o momento, não teve máscara. As crianças foram colocadas para estudar sem a necessidade de proteção facial.
Distanciamento é adotado
Ainda falando na Dinamarca, embora o país não tenha adotado o uso obrigatório de máscaras na escola, o distanciamento é obrigatório. Os alunos foram separados e têm 2 metros de distância entre um e outro, pelo menos na sala de aula.
Em Bruxelas, na Bélgica, o chão foi marcado para que os estudantes possam conversar sem se aproximar. Esse cuidado vale até mesmo com a máscara. Já a Coreia foi além disso. O país optou por colocar paredes acrílicas nas carteiras e, dessa forma, tentar evitar que gotículas com vírus possam chegar de um aluno em outro.
Tenda de desinfecção dos alunos
Como a China foi o primeiro país a descobrir casos do coronavírus e a ter um grande número de mortes, também foi um dos primeiros a passar pela doença, adotar o isolamento e, depois disso, preparar a volta às aulas.
Por isso, lá os cuidados foram grandes, já que o país não tinha nenhum outro para ter como base. Assim, além das máscaras, os estudantes precisam passar por uma tenda de desinfecção antes de entrar na maioria das escolas. A intenção é a de eliminar qualquer vírus que possa estar nas roupas ou sapatos do estudante.
Controle de temperatura
Além do distanciamento e da higiene, a volta às aulas chega com a preocupação de tentar descobrir se há um aluno doente. Como a febre é um dos sintomas da Covid-19, países como Coreia do Sul e China adotaram a aferição da temperatura antes do estudante entrar na escola.
Os alunos de Pequim têm a temperatura aferida a todo tempo. Para isso, usam pulseiras inteligentes que fazem a medição em tempo real. Se um estudante chegar a 37ºC o professor recebe um alerta em seu aplicativo. Na sequência, a polícia é chamada.
Lavagem de mãos e instalação de torneiras
Incentivar as crianças a lavarem as mãos também é uma atitude adotada na maioria dos países. Na Dinamarca, o álcool em gel também está disponível dentro da sala de aula.
Já em Portugal, os estudantes são obrigados a realizarem a higienização das mãos quando entram e quando saem da escola.
Alunos divididos em grupos
Para possibilitar que o distanciamento social fosse cumprido, a Finlândia dividiu os alunos em pequenos grupos. O mesmo fio adotado na Dinamarca, que optou por dividir os estudantes em dois grupos. Já na Coreia do Sul a lotação da sala de aula é de um terço do que era antes. Os outros dois terços seguem tendo aulas a distância.
Além desses grupos menores, Portugal também adotou a mudança de horários de intervalo e de entrada. Agora, cada grupo entra e tem intervalo em um horário separado, para evitar que muitos alunos dividam o mesmo espaço.
Arejar a sala
Uma recomendação importante foi feita na França, que orienta que as salas de aula sejam mantidas arejadas. Atualmente, esse cuidado deve ser considerado na maioria dos lugares, já que o problema do encontro do coral em Mount Vernon, Washington - EUA, despertou esse alerta.
O caso aconteceu em março, quando 61 integrantes do coral se reuniram por 2 hora e meia. Uma pessoa teve sintomas de resfriado e, mesmo ela não tendo contato próximo com todos, 53 participantes acabaram sendo testados positivo para Covid-19, ou seja, 87% dos presentes. Dois morreram. O ocorrido enfatizou a teoria de que em ambientes fechados o risco de transmissão do coronavírus pode ser maior.
Afastar grupo de risco
Por fim, as pessoas que são consideradas no grupo de risco não puderam voltar a trabalhar em Israel. Quem tem mais de 65 anos segue em casa.
Para planejar a volta às aulas na escola, é preciso ficar atento a cada detalhe. Máscara, distanciamento e higienização das mãos são essenciais nesse período.
Junto a isso, vem o desafio do ensino híbrido, que deve fazer parte desse “novo normal”. Veja como os professores e alunos podem aproveitar melhor o ensino híbrido nesse retorno.
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